Matéria: Novo Jornal
Hoje, dia mundial da água, o Rio Grande do Norte não tem muito o que comemorar. Além da seca que há 4 anos seguidos atinge importantes cidades no interior do estado, causando a escassez hídrica e o esgotamento de várias barragens, outro dado preocupante é do desperdício na distribuição da água encanada.
De acordo com o mais recente Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgostos (de 2014), divulgado pela Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades com base em dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS, 53,8% da água captada no RN é desperdiçada antes mesmo de chegar na sua torneira, 17% a mais do que a média nacional de 36,7%. Ou seja, para cada litro de água que chega na sua casa por meio das tubulações da rede de distribuição, outro litro e meio fica pelo caminho. O percentual deixa o RN na penúltima colocação do ranking do desperdício no Nordeste, na frente apenas de Sergipe (que registra perda de 60,2%). Com relação a todos as regiões do país, o RN é o sétimo pior estado no quesito desperdício na distribuição de água.
Essas perdas acontecem por vazamentos em adutoras, redes, ramais, conexões, reservatórios e outras unidades operacionais do sistema. Os vazamentos também estão associados à qualidade dos materiais utilizados, à idade das tubulações, à qualidade da mão-de-obra e à ausência de programas de monitoramento de perdas, dentre outros fatores.
Sem contar que dos 46,2% restantes da água disponível para os consumidores, uma outra parte também será desperdiçada durante o banho demorado, na torneira quebrada, na lavagem da calçada... nos desperdícios da vida.
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