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A presidente Dilma Rousseff pediu cautela a aliados nesta segunda-feira (9) sobre a decisão do presidente em exercício da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), que anulou a sessão do impeachment na Casa. No dia 17 de abril, o plenário da Casa votou pela continuidade do processo de afastamento da presidente.
Dilma comentou o ato de Maranhão durante um discurso no Palácio do Planalto em evento no qual ela assinou a proposta para a criação de cinco novas universidades federais. Apesar de plateia, formada por entidades ligadas à educação que apóiam a presidente, ter comemorado a decisão de Maranhão, Dilma disse que não sabe que consequências terá o ato e ressaltou que o país vive um momento de "manhas e artimanhas".
“Soube agora da mesma forma que vocês souberam, apareceu nos celulares que todo mundo tem aqui, que um recurso foi aceito e portanto o processo está suspenso. Eu não tenho essa informação oficial. Estou falando aqui porque não podia de maneira alguma fingir que não estava sabendo da mesma coisa que vocês estão. Mas não é oficial, não sei as consquencias. Por favor, tenham cautela. Nós vivemos uma conjuntura de manhas e artimanhas", disse Dilma.
Maranhão substituiu Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na presidência da Câmara na semana passada, depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu afastar o peemedebista do comando da Casa.
Na votação do dia 17 de abril, Maranhão contrariou a orientação de seu partido e votou contra o impeachment da presidente. Agora, ao anular a votação, ele acata um recurso da Advocacia-Geral da União, que alegava irregularidades na sessão da Câmara.
Maranhão argumentou que os partidos políticos não poderiam ter fechado questão a favor ou contra o impeachment. Quando há o chamado fechamento de questão, os deputados devem seguir a orientação partidária sob pena de punição, como expulsão da legenda.
O presidente em exercício também disse que os deputados não poderiam ter anunciado suas posições antes da sessão da Câmara que decidiu dar continuidade ao processo de afastamento da presidente Dilma. Ele também afirma que a defesa de Dilma deveria ter tido o direito de falar durante a votação do impeachment.
O processo de impeachment atualmente tramita no Senado. Está marcada para esta quarta-feira (11) uma votação no plenário para decidir sobre o afastamento da presidente Dilma por 180 dias.
Fonte: G1
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